segunda-feira, 1 de junho de 2009

Plunkit, plakti, zoom...

Plunkit, plakti, zoom... Não vai a lugar nenhum.

É isso ai. Nosso varejo na televisão se resume a isso.

Um monte de plunkit, plakit, zoom, ou clac, clac, lavadora Eletrolux, por 10 de 95,50. Clac, clac, Televisão Toshiba de 29 polegadas por 10 de 48,80.
Hoje o que você vê na teve, era o que gente via na escola antigamente.
Um slaide, só que bem mais sofisticada. Com movimento em computação gráfica.
Não que eu tenha alguma coisa contra os profissionais de computação gráfica.
Acho que eles só tem a contribuir com o trabalho de vídeo e de cinema.

Agora, se você já chegou na profissão sendo da geração cartela??? Meus pêsames.
Na minha época , que não faz tanto tempo assim, só uns dez anos atrás.
Nós trabalhávamos com produção de varejo.
Os vts tinham personagens para vender um produto e era prazeroso tirar uma idéia do papel e ver o resultado final no ar.
Ainda mais quando o cliente ligava para dar parabéns para a equipe pelo resultado final.

Não que isso seja culpa das agências, mas com certeza é do mercado que busca o faturamento desenfreado e rápido.
Cadê aquele comercial que emocionava e dava vontade de comprar um produto.
Nossa propaganda ficou mais pobre, porque os clientes acham que cartelas vendem da mesma forma e são mais baratos.
E são baratos mesmos, é só um monte de efeitos com números e letras em computação gráfica.

Antes, quando você conseguia fechar uma cabeça de VT de supermercado, era ótimo, você já sabia que tinha verba de produção e o comercial ia ser legal.
Quem não se lembra das sapatarias Santana?
Aquela, que foi a maior rede de lojas de sapato da Bahia?
Suas produções as vezes não tinha nem verba de produção fechada. Ou seja.
Só saberíamos o quanto custou depois de pronto.
Nossos intervalos comerciais ficaram mais pobres, sumiram as oportunidades para profissionais da área, e principalmente hoje que saem grandes números de jovens cheios de idéias na cabeça das faculdades e sem oportunidade de trabalhar.
É... Meu amigo...
Quem sabe, apareçam novos profissionais nos departamentos de Marketing das empresas e vejam que não basta ter cartelão para vender e sim emocionar e humanizar nossa propaganda de novo.
Eles vão ver que podem vender muito mais.
Boa viagem!!!

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